Manuel Maria Barbosa du Bocage
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Cante a guerra quem for arrenegado
Cante a guerra quem for arrenegado,
Que eu nem palavra gastarei com ele;
Minha Musa será sem par canela
Co'um felpudo coninho abraseado:
Aqui descreverei com arreitado
N'um mar de bimbas navegando à vela,
Cheguei, propício o vento, à doce, àquela
Enseada d'Amor, rei coroado:
Direi também os beijos sussurrantes,
Os intrincados nós das línguas ternas,
E o aturado fungar de dois amantes :
Estas glórias serão na fama eternas;
Às minhas cinzas me farão descantes
Fêmeos vindouros, alargando as pernas.
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