António Lobo de Carvalho é

Soneto V

Lamentando a desgraça dos freiráticos

Não há maior asneira neste mundo
Do que um homem comer uma punheta
Duma freira, que tem onde se meta
Um caralho bem grosso, e rubicundo:

De que serve estar vendo o cono imundo,
O pentelho que esconde a torpe greta,
E um dedinho que roça por tal greta,
Que leite faz lançar pouco, e injocundo?

Estar então um basbaque, uma alma bruta
Na pança a dar punhadas com canseira.
Enquanto a porra vê um pouco enxuta:

Ora torno a dizer, é grande asneira;
Pois vale mais foder a mais reles puta,
Do que estar vendo as pernas duma freiral


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