Canto IV
 
Meus olhos vão seguindo incendiados 
a chama da leveza nesta dança, 
que mostra velho sonho acalentado 
de ver a bailarina que me alcança 
 
os sentidos em febre, inebriados, 
cativos do delírio e dessa trança. 
É sonho, eu sei. E chega enevoado 
na mantilha macia da lembrança: 
 
o palco antigo, as luzes da ribalta, 
renascença da graça do seu corpo, 
balé de sedução, mar que me falta 
 
para o mergulho calmo de amante, 
que se sabe maduro de esperar 
essa viva paixão e seu levante. 
 
  
	
		ç 
		 | 
	
		Use as setas para folhear as páginas
		 | 
	
		è 
		 | 
  
 |