Ausente
 
Ele dorme ausente dos meus olhos abertos,  
guarda para si paisagens que desejo sonhar.  
Sob pálpebras alvas de tecido sonolento  
percebo o claro volume genital do seu olhar.  
Desejo amparo de algum sono, quero fugir  
do olho molhado, vermelho, recém-acordado,  
intumescido de sono e que me espia chorar.  
 
  
	
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