| 
 
Volúpia imortal
 
Cuidas que o genesíaco prazer,Fome do átomo e eurítmico transporte
 De todas as moléculas, aborte
 Na hora em que a nossa carne apodrecer?!
 
 Não!  Essa luz radial, em que arde o Ser,
 Para a perpetuação da Espécie forte,
 Tragicamente, ainda depois da morte,
 Dentro dos ossos, continua a arder!
 
 Surdos destarte a apóstrofes e brados,
 Os nossos esqueletos descamados,
 Em convulsivas contorções sensuais,
 
 Haurindo o gás sulfídrico das covas,
 Com essa volúpia das ossadas novas
 Hão de ainda se apertar cada vez mais!
 
 
 
 
	| ç 
 | Use as setas para folhear as páginas | è 
 | 
 |