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Um sorriso 
 
Quando com minhas mãos de labareda
 te acendo e em rosa
 embaixo
 te espetalas
 
 quando
 com o meu aceso archote e cego
 penetro a noite de tua flor que exala
 urina
 e mel
 que busco eu com toda essa assassina
 fúria de macho?
 que busco eu
 em fogo
 aqui embaixo?
 senão colher com a repentina
 mão do delírio
 uma outra flor: a do sorriso
 que no alto o teu rosto ilumina?
 
 
 
 
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