A arte nobilitante
 
É preciso fazer do amor 
um uso imediato e corrente 
a arte nobilitante 
de atravessar os dias com a luz 
dos corpos enleados, 
devorados na lenta florescência 
de invisiveis lâmpadas, 
ofegantes na lida (na pequisa) 
de bocas fulgurantes, 
do sabor das ancas contornadas 
com dedos de zimbro 
e de hortelã, 
enfebrecidos sempre 
e fascinados 
na voragem do púbis levitado 
pela língua do fauno 
que o levanta. 
 
  
	
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