Alforria
 
Beba do meu leite 
para o meu e seu 
deleite 
 
Ponha em tua boca 
a minha força 
mame como filho 
desmamado 
há quatro dias quatro noites 
ávido 
impávido 
insano 
 
Sugue a minha teta 
enquanto as mãos 
desbravam a terra 
que já é sua 
em completa escravidão 
 
Faça a festa nesta teta 
e a buceta 
– doidivanas lacrimada – 
se abre em festa 
implorando o sol 
do meio-dia 
 
Chegue, menino-senhor, 
em cantoria... 
 
Beba da fonte 
da alforria... 
 
  
	
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