281 a 290 (moleques a inquisição)
Os moleques jogavam bola no meio da rua. Num passe mais forte, um deles correu para evitar a saída da pelota. Mas não evitou o motorista desatento...
282
Ao comer um pé de moleque, quebrou um dente. Devia ter deixado cozinhar por mais tempo, observou seu colega canibal.
283
Que saudades da ditadura! - lamentava-se o humorista, cada vez mais suplantado pela realidade dos fatos.
284
Olha só, um CD de antigamente! - exclamou a arqueóloga mirim ao achar um velho LP em vinil na casa do avô.
285
Horácio era muito pontual. Qualquer atraso, de poucos minutos, para ele era uma ofensa moral.
286
O número de loucos é infinito. A demência é universal. Eu mesmo não sou muito normal.
287
Sentados, na calçada em frente de casa, o casal de velhinhos cumprimenta todos na rua, como se passassem dentro de sua sala.
288
O velho dinossauro trabalhava como fóssil no museu. Achava muito enfadonho não poder se mexer, mas eram os ossos do ofício!
289
Nas ruínas da velha casa, muitos anos depois, ela ainda podia ver as manchas de sangue onde fora o quarto dos pais.
290
Frei Adroaldo trabalha na Santa Inquisição. Arranca unhas com toda a piedade e usa o ferro em brasa com muita devoção.
microcontosMicrocontos de Carlos Seabra - http://seabra.com/microcontos
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