Esperanto
 
Não vê? Eu por você já faço tudo 
até buscar um curso de esperanto 
na rede e estudar um pouco disso 
pra realizar a sua fantasia 
de aprender e errar e ser punida 
por mim, seu professor tradicional 
e rijo, além de toda sanidade. 
 
É hilário! E mais hilário é o esperanto 
do que o jeito que brincamos disso: 
me dá tanto tesão sua bundinha 
pedindo a disciplina da minha vara, 
ouvir você gritar, gemer baixinho, 
dizendo que merece meu castigo 
na carne, pra deixar de ser burrinha. 
 
E dar também, é claro!, a recompensa 
a que você faz jus, quando, aplicada, 
consegue adivinhar meu pensamento e 
responde essas perguntas impossíveis 
que fiz.  E agora busco com a boca 
a tua xaninha doce pra te dar 
meus beijos e lambidas caprichados. 
 
E, hum!, morder de leve seu pescoço, 
depois mais forte pra deixar as marcas 
dos dentes na sua nuca arrepiada, 
os seios engolir, os seu mamilos 
os ombros, a barriga, as omoplatas, 
sentir a sua excitação crescendo 
no gozo que lhe dá ser devorada. 
 
E o meu desejo teso, latejante, 
só quer agora estar agasalhado 
no aquoso paraíso que habita 
no vão convidativo das suas coxas. 
Penetro, então, e isso é mais gostoso, 
que tudo até aqui, tão bem tramado. 
 
Mover-me, em você sentir a vulva 
pulsando, alcançando seu orgasmo, 
sentir os seus espasmos, seus tremores, 
os seus vagidos, o seu corpo alucinado 
relaxa, de repente, sob o meu. 
E agora devo ser recompensado. 
 
Entrego, pois, meu sexo à sua boca 
pra derramar no fundo da garganta 
os frutos desse amor realizado. 
Você me bebe cuidadosa, limpa 
a mim, que então a aninho nos meus braços 
pra recolher, num beijo fundo e denso, 
o gosto do meu sêmen dos seus lábios. 
 
Ah, o esperanto pode ser a língua 
universal nos tempos do futuro 
mas, hoje, universal é a linguagem 
em que nossos fetiches se completam: 
Você me faz feliz, feliz te faço, 
e juntos a brincar não somos tristes! 
"Danko, Dio!", essa mulher existe. 
 
  
	
		ç 
		 | 
	
		Use as setas para folhear as páginas
		 | 
	
		è 
		 | 
  
 |